quinta-feira, 30 de março de 2023

 Escolas rurais do DF recebem circuito gratuito de teatro

Projeto "Na trilha do teatro" oferece circuito gratuito de formação de plateia por mediação pedagógica, apresentação de espetáculos e oficina de musicalização

Mila Ferreira
 (crédito: Lúcio Gomes)(crédito: Lúcio Gomes)

A Cia Burlesca de teatro está promovendo, em várias Regiões Administrativas do Distrito Federal, um projeto gratuito que incentiva estudantes de escolas rurais a vivenciarem a experiência do teatro. O projeto "Na trilha do teatro" oferece um circuito gratuito de formação de plateia para estudantes do ensino fundamental por meio de três ações: mediação pedagógica, espetáculo O Violinista Mosca Morta e oficina de musicalização infantil. As atividades começaram no dia 28 de março e vão até o dia 18 de maio. Confira programação completa ao final da matéria.

Com uma metodologia que transforma o espectador em sujeito ativo, o projeto proporciona, no primeiro momento, uma mediação que ajuda o público de estudantes a se familiarizar com a linguagem teatral. O intuito é provocar os estudantes a pensarem sobre o que é, como se faz e porque se faz teatro. Assim, pode-se despertar o gosto pelas artes cênicas e a vontade de conquistar o prazer da autonomia interpretativa em sua relação com o espetáculo. Num segundo momento, após a apresentação da peça, esse trajeto lúdico contará ainda com oficina de musicalização com as mesmas turmas – uma expedição completa pelos caminhos do teatro.

Desde o início de sua atuação, em 2008, a Cia. Burlesca desenvolve ações com e para escolas públicas, auxiliando no despertar do olhar crítico e consciente do estudante para assistir a um espetáculo e estimulando um diálogo entre espectador e artistas da obra. Essa relação do grupo com as escolas rurais nasceu por meio de diferentes projetos assinados pela Cia. Burlesca, sempre transitando entre a apresentação gratuita de espetáculos, mediações artístico-pedagógicas e ações formativas diversas.

O espetáculo

Voltado para o público infantil, O Violinista Mosca Morta, interpretado por Pedro Caroca e dirigido por Mafá Nogueira, traz à cena a linguagem da palhaçaria e da música, construído pelo humor físico, sem texto falado, em que o palhaço Seu Coco, em seu primeiro concerto de violino, é importunado por uma mosca que aparece no palco. Trava-se então uma batalha com o inseto e, mesmo abalado, o palhaço não desiste e segue até o último compasso, a última nota, o último zumbido.

A equipe técnica e artística é colocada em contato direto com os estudantes, por meio de uma conversa mediada antes e após o espetáculo, com o objetivo de estimular não só a formação de plateias, mas também a formação de potenciais artistas.

Oficinas

O laboratório de musicalização favorece o desenvolvimento da sensibilidade e criatividade, da imaginação e memória, concentração e atenção, também contribuindo para a consciência corporal da criança. Por isso, após a apresentação do espetáculo, a música presente no espetáculo O Violinista Mosca Morta será motivo para despertar nos participantes o gosto pela música na prática, por meio de brincadeiras e jogos conduzidos pela equipe.

Além disso, uma cartilha de apoio será produzida com conteúdo lúdico para as crianças aproveitarem durante e depois a realização do projeto, e conceitos que se comunicam com o que foi abordado na preparação, no espetáculo e no laboratório.

FICHA TÉCNICA

Coordenação Geral: Pedro Caroca

Coordenação de Produção: Julie Wetzel

Gestão Financeira: Marino Alves

Assistente de Produção: Pedro Henrick

Arte-educadores: Lyvian Sena, Patrícia Barros e Pedro Caroca

Direção do espetáculo: Mafá Nogueira

Operação de som: Jullya Graciela

Palhaço Seu Cocó: Pedro Caroca

Artista Gráfico: Nara Oliveira

Fotógrafo: Webert da Cruz

Intérprete de Libras: Tatiana Elizabeth

 

DATAS DE APRESENTAÇÃO

Em Março

EC Aguilhada - São Sebastião

28/03 - formação e espetáculo

30/03 - musicalização

 

Em Abril

EC Café sem Troco - Paranoá

04/04 - formação e espetáculo

06/04 - musicalização

 

EC Córrego do Arrozal - Sobradinho

11/04 - formação e espetáculo

13/04 - musicalização

 

EC Aspalha - Lago Norte

18/04 - formação e espetáculo

20/04 - musicalização

 

EC Córrego das Corujas - Ceilândia

25/04 - formação e espetáculo

27/04 - musicalização

 

Em Maio

EC Kanegae - Riacho Fundo

09/05 - formação e espetáculo

11/05 - musicalização

 

Escola Bilíngue Libras e Português- Taguatinga

MATUTINO

16/05 - formação e espetáculo

18/05 - musicalização

segunda-feira, 27 de março de 2023

Ceilândia, uma cidade independente que tem tudo para sua população

 ANIVERSÁRIO CEILÂNDIA

Ceilândia, uma cidade independente que tem tudo para sua população

No dia em que comemora 52 anos, a região mostra a força que tem em diversos setores, entre eles, o econômico. Moradores e comerciantes apontam que a autonomia da cidade é o que mais chama a atenção

Arthur de Souza
José Augusto Limão*
postado em 27/03/2023 06:00 / atualizado em 27/03/2023 07:43
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Região mais populosa do Distrito Federal, Ceilândia está completando 52 anos, nesta segunda-feira (27/3). Ela representa 11,6% de todos os moradores da capital do país e se engana quem pensa que a força da cidade está somente em seus 350.347 habitantes — dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD) mais recente. Vice-presidente financeiro da Associação Comercial de Ceilândia (ACIC), Clemilton Saraiva, não tem dúvidas de que Ceilândia é uma cidade independente economicamente.

"O comércio local é muito pujante. Hoje, você não precisa sair de Ceilândia para comprar absolutamente nada", crava Clemilton. "Temos o maior número de atacarejos concentrados em uma região, além de praticamente uma cidade do automóvel no Setor O", detalha o representante da ACIC. Para ele, a economia local vem passando pelos mesmos problemas, de uma forma geral, que os do país. "Com essa retração econômica, a gente sente que tudo tem sido afetado. É claro que essa dinâmica do comércio é aquela história: a pessoa que trabalha e que empreende se reinventa todo dia e, em Ceilândia, isso não tem sido diferente", aponta Clemilton.

O vice-presidente da ACIC coloca alguns gargalos da cidade que acabam atrapalhando a economia local. "São questões de saúde, segurança e educação. Os gargalos para o desenvolvimento econômico da cidade estão, principalmente, nessas áreas", ressalta. "Além disso, temos um problema das águas durante os períodos de chuva. Ainda tem uma baixa captação de águas pluviais e isso influência, não só no comércio, mas na questão urbana como um todo", nota. Mesmo assim, ele acredita que Ceilândia ainda está em um patamar elevado. "Num panorama geral, Ceilândia é uma cidade que gera e entrega para o bolo do Distrito Federal na ordem de R$ 6 bilhões em impostos", enaltece.

Autonomia

Apaixonado pela cidade, Hugo Vinicius, 16, é comerciante em Ceilândia e explica que a população pode encontrar de tudo na região. Para ele, isso mostra a força do comércio. "Se você chegar aqui no centro da Ceilândia pode ficar tranquilo que vai achar o que precisa, por isso que essa cidade é muito boa para se morar e trabalhar", narra. O jovem destacou a gama de oportunidades de empregos que existem no local. "Todo dia aqui vemos uma pessoa diferente, tem clientes que a gente já conhece que frequenta a loja todo dia. O movimento aqui é muito bom", afirma.

Edimar Araújo, 58, e Iolanda Magalhães, 60, são moradores da Ceilândia há quarenta anos, e dizem que só de não precisarem se locomover para outra cidade para realizar suas compras é um diferencial. "De um tempo para cá, surgiram diversas variedades de comércio e isso facilita, e sem contar com o preço que é muito bom", expõe a cabeleireira. Para o casal, os habitantes provocaram esse desenvolvimento comercial. "Entendemos que Ceilândia é um bom lugar para viver, os preços baixos daqui viabilizam a nossa necessidade, pois aqui conseguimos consumir sem gastar tanto", calcula.

Sempre com o lápis e papel na mão, Iramar de Fátima, 60, elogia o baixo preço dos produtos em Ceilândia, mas segue fazendo sua pesquisa para economizar ao máximo. "Cheguei aqui quando tinha nove anos. Estava no comecinho da cidade. Cresci, casei, tive meus filhos, agora netos, tudo aqui em Ceilândia", frisa. A dona de casa diz que sempre encontra tudo que precisa no momento de fazer suas compras mensais. "Sempre vou nos atacadões que tem aqui, tudo bem perto de casa", salienta.

De olho no bom movimento do centro de Ceilândia, a loja de roupas em que Pedro José, 33, trabalha decidiu ir para a cidade. "Aqui o setor de confecção é muito bom, trabalhamos com um preço único então as pessoas vêm em peso", declara. Mesmo estando em um ambiente bom para as vendas, o morador do Novo Gama critica o alto número de roubos e usuários de drogas no espaço. "Estamos aqui na Ceilândia há cinco meses, temos outras lojas em diferentes cidades, e migramos para cá pois a cidade é umas das maiores do DF, então teve esse atrativo", destaca. Para o comerciante o local tem diversas oportunidades para o comércio, contudo existem alguns pontos sobre segurança pública que devem ser melhorados.

*Estagiário sob a supervisão
de Suzano Almeida

sábado, 25 de março de 2023

Guia Fora do Plano: roteiro de cidades que nem o brasiliense conhece direito

 

Guia Fora do Plano: roteiro de cidades que nem o brasiliense conhece direito

 

Neste sábado, 25/03, os amigos vão se reencontrar na Banca 308 Sul para o lançamento do Guia Fora do Plano, das 15h às 19h.

Guia Fora do Plano: roteiro de cidades que nem o brasiliense conhece direito.

O Plano Piloto é uma ilha cercada de cidades-satélites por todos os lados. Cada uma delas tem a própria história, o próprio jeito de viver. As regiões administrativas (RAs) são quase estranhas umas às outras — e todas elas são ainda mais estranhas ao Plano Piloto.

Quem é de Brasília, ou, dizendo de outro modo, quem é do Distrito Federal, pertence a dois lugares: à capital tão reverenciada, tão poderosa, e às RAs onde moram mais de mais de 90% da população brasiliense.

Este guia deixou o Plano Piloto de lado e foi atrás das 32 RAs que não estão na maquete inventada pelo arquiteto Lucio Costa. Projeto FAC, o Guia Fora do Plano apresenta, em forma de crônica, cada uma das 32 satélites, suas festas, feiras, vida cultural, lugares legais. E traz dados estatísticos, demográficos e históricos de cada RA. É ilustrado com fotos de Zuleika de Souza, que há décadas registra as cidades do DF.

Esperamos você!
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#Brasília

Ao completar 52 anos, Ceilândia recebe uma escultura em homenagem a sua nova idade

 Ceilândia completa 52 anos na próxima segunda-feira (27/3). Neste sábado. como parte das festividades, a cidade recebeu uma escultura em homenagem a sua nova idade. A obra em ferro, de autoria do artista plástico Gu da Cei, foi batizada de Sonho de Morar e tem cerca de 3 metros de altura e 2,5 metros de largura

A escultura traz uma placa com a frase “Ceilândia nasceu aqui” e representa uma mulher carregando uma casa na cabeça, acompanhada de seu filho. A intervenção faz parte da dissertação de mestrado em Artes Visuais (UnB) do artista Gu da Cei.

Monumento "Sonho de morar"