terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Em Ceilândia, Superintendente do Iphan reforça necessidade de valorizar patrimônio das RAs

 Em Ceilândia, Superintendente do Iphan reforça necessidade de valorizar patrimônio das RAs

Thiago Perpétuo, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), falou sobre desafios de implantar uma educação patrimonial dentro das regiões administrativas

Raphael Pati*
postado em 28/02/2023 17:38 / atualizado em 28/02/2023 18:17
 (crédito: Minervino Júnior/CB/DA Press)(crédito: Minervino Júnior/CB/DA Press)

Mesmo sendo considerada patrimônio cultural da humanidade desde 1987, Brasília ainda carece de educação patrimonial, segundo o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Thiago Perpétuo. Durante participação na segunda edição do Entre Eixos, promovida pelo Correio Braziliense, o representante do instituto disse que os últimos anos trouxeram desafios para a valorização da educação sobre os patrimônios culturais.Em visita à Ceilândia, o superintendente identificou uma relação muito forte com a história da cidade, que abrange a perspectiva dos fluxos migratórios — especialmente da Região Nordeste — dos trabalhadores que vieram na época da construção de Brasília, com uma cultura mais jovem, ligada principalmente a estilos musicais, como o hip-hop. “A mescla dessas duas realidades acaba dando uma perspectiva de patrimônio cultural, que não é acautelado pelo Estado, mas que pode ser fomentado, porque são atividades que o Iphan realiza”, destacou o superintendente.

'Patrimônios para Jovens'

O trabalho em Ceilândia faz parte de um projeto realizado pela superintendência do Iphan no DF em parceria com a Secretaria da Educação do Distrito Federal, chamado ‘Patrimônio para Jovens”, que tem como intuito percorrer todas as regiões administrativas do DF para conhecer de perto as peculiaridades de cada uma.

“A ideia não é apenas visitar a cidade e fazer uma ação efetiva, para operar um tombamento, ou operar um registro. É para a buscar fomentar que essa comunidade se assenhore dos seus próprios elementos culturais e da sua própria comunidade, de modo que ela compreenda que não é necessário que ela tenha uma referência de patrimônio da humanidade, ou mesmo, nacional”, considerou, ainda, Perpétuo.

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